terça-feira, 29 de dezembro de 2009

REVISTA DO RÁDIO É FONTE DE PESQUISA SOBRE PUBLICIDADE DOS ANOS 50

A Ecos Revista, periódico da Escola de Comunicação Social da Universidade Católica de Pelotas que se destina à publicação de trabalhos acadêmicos de investigação ligados às áreas das Ciências Humanas e Sociais, publicou um artigo sobre a publicidade dos anos 50 através da análise da Revista do Rádio. O artigo assinado por Doris Fagundes Haoussen e Camila Stefenon Bacchi está disponível no volume 5 (Julho - Dezembro de 2001) da publicação.

Confira o resumo do artigo:

A Revista do Rádio e a publicidade nos anos 50
Doris Fagundes Hauossen
Camila Stefenon Bacchi

A Revista do Rádio , um seminário dedicado a temas relativos ao veículo, foi criada por Anselmo Domingos, em 1948, no Rio de Janeiro. E a data não foi uma casualidade. Primeiro porque o rádio vivia o seu apogeu e, segundo, porque a indústria cultural tomava forma no país.

O mercado de publicações ampliava-se com o aumento do número de jornais, revistas e livros, e vários indicadores demonstravam o crescimento do setor: a tiragem, a importação de papel e, a partir de 1947, a implantação de grupos nacionais na produção de papel, como a Klabin (Ortiz, 1988). À época, a revista O Cruzeiro possuia uma tiragem de 300 mil exemplares, atingindo, 4 anos depois, 550 mil exemplares. Na esteira do sucesso das rádio-novelas surgem as revistas sobre o veículo: Revista do Rádio , 1948, e Radiolândia , 1952, bem como as de fotonovelas: Grande Hotel , 1951, e Capricho , 1952.


Para saber onde encontrar a revista acesse http://www.ucpel.tche.br/ecosrevista/publicacoes.php?ler=14

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

E o Blog da Revista do Rádio continua chamando atenção!

O Blog da Revista do Rádio ganhou outras indicações na web. Desta vez nosso release foi publicado nos guias online "Seu vizinho" e "Santana na Rede". Confira:




quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

CAPAS DE NATAL DA REVISTA DO RÁDIO


NESTE NATAL, VAMOS LEMBRAR ALGUMAS DAS CAPAS ESPECIAIS QUE A REVISTA DO RÁDIO FEZ PARA CELEBRAR ESTA DATA. TAMBÉM POSTAMOS UMA MATÉRIA COM O NATAL EM FAMÍLIA DA CANTORA EMILINHA BORBA:




UMA OBSERVAÇÃO: REPAREM QUE TODAS AS FOTOS PARECEM SER NA MESMA ÁRVORE...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O PRECINHO POPULAR DA REVISTA DO RÁDIO, por Jannaina Costa


A Revista do Rádio foi planejada para ser popular, desde o tipo de papel com que era confeccionada à abordagem das matérias. E nada como garantir um precinho baixo para arrebatar fiéis leitores. A revista mais popular dos Anos de Ouro do Rádio Brasileiro entrou no mercado - em 1948 - custando apenas 3 Cruzeiros. Para se ter uma noção do que se comprava com esse valor na época, bem no estilo Revista do Rádio, sabe-se que era o mesmo valor de um porta documentos de plástico vendido no camelô de Sílvio Santos.

Segundo o consultor financeiro Paulo Veiga, da Mercatto Investimentos, reajustando o valor da publicação a partir do IPC (Índice de preços ao consumidor) de 1948 para nossa moeda atual, a Revista do Rádio custaria cerca de R$ 2,50, preço bastante semelhante às atuais revistas populares no mesmo gênero, como Tititi e Conta Mais.



terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Revista do Rádio consegue exclusiva com o Rei do Calypso Harry Belafonte e é elogiada por sua iniciativa em se especializar em assuntos de rádio

Para o grande público de rádio da década de 1950, ao contrário do que muita gente poderia imaginar, o nome Calypso, antes de remeter a banda da vocalista Joelma e seu parceiro Chimbinha, já fazia referência ao americano Harry Belafonte, um dos maiores nomes do “showbusiness” internacional daquela época. Nesta ocasião, a Revista do Rádio demonstrou ousadia ao conseguir uma entrevista exclusiva com Belafonte, pelo fato do mesmo vir ocupando, por algum tempo, todas as paradas de sucesso no Brasil.

A equipe de reportagem descobriu que Belafonte, o então Rei do Calypso, havia operado a vista para corrigir um defeito que apresentava desde criança. Na entrevista, ele atribuiu seu enorme sucesso à herança deixada pela música de povos simples das Antilhas que teriam sido adaptadas para que fossem compreendidas e admiradas por todos.

Belafonte agradeceu pelo carinho dispensado pelos fãs brasileiros e manifestou sua vontade de visitar o Brasil, revelando, inclusive, uma proposta de Mr. Oscar Orenstein, do Copacabana Palace para realizar uma temporada no Rio. Ele ainda elogiou o fato da Revista do Rádio existir, no Brasil, como um órgão especializado em assuntos de Rádio, contando com uma tiragem significativa e apresentando um público cativo pelos serviços prestados. Na fase final da entrevista, o Rei do Calypso ainda fez a solicitação de um exemplar contendo sua participação como entrevistado para guardar com carinho em sua coleção particular.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

UMA REVISTA À FRENTE DO SEU TEMPO: MATÉRIAS SOBRE TEMAS TABUS ERAM FREQUENTES NA REVISTA DO RÁDIO

A Revista do Rádio foi pioneira em muitos aspectos, entre eles em abordar assuntos ainda tabus para a época, como as crises conjugais e divórcios entre os artistas do rádio . Cabe aqui lembrar que, durante o período de circulação da revista, ainda não havia no Brasil a Lei do Divórcio, promulgada em dezembro de 1977, e a separação, principalmente para as mulheres, implicava em ser mal vista pela sociedade.

Se o próprio tema já era polêmico, imaginem a repercussão que não teve a matéria intitulada
"A cantora bateu no marido" (RR 440, 11/05/1957) , quando a Revista do Rádio levou à tona os detalhes de um dos divórcios mais famosos dos anos 50, do casal Ima Sumac - cantora peruana considerada a de maior popularidade em todo o mundo - e o maestro Moisés Vivanco.

Na matéria, a Revista conta que, depois de surpreender o marido com outra mulher- nada mais nada menos, que sua própria secretária, amiga e confidente - e de ser ameaçada de ter o filho levado para outro país pelo marido, Iva deu uma surra nele, ajudada pelos detetives particulares que havia contratado, cujos gritos acordaram um quarteirão inteiro de Hollywood. Segundo declarou a cantora, ela dera um exemplo do amor peruano.

Confira a matéria completa, que documenta um período de início da emancipação das mulheres em busca de seus direitos e da garantia de sua dignidade:



Conheça um pouco mais de Ima Sumac:

Ima Sumac
era o nome artístico de Zoila Augusta Emperatriz Chavarri del Castillo, e significa "que linda flor" numa transliteração da língua quechua.
Ela foi uma das cantoras líricas mais bem notificadas e admiradas de todos os tempos. Com sua voz, era capaz de emitir notas agudíssimas que soavam como o canto dos pássaros e graves que iam abaixo das notas para um baixo.
Iva era peruana mas, como Carmen Miranda, alcançou o sucesso nos EUA, a ponto de seu nome figurar na desejada Calçada da Fama. Entretanto, a cantora não desprezava suas raízes andinas, dizendo ser descendente do imperador inca Atahualpa.
Ima morreu há um ano, em 04 de novembro de 2008, com 86 anos. Pouco antes, disse que queria ser lembrada como alguém que fez boa música e trouxe alegria ao público.


Veja um vídeo onde Ima canta a música folclórica peruana "Tumpa" (1954):


quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Em mais uma polêmica edição, a Revista do Rádio não perdeu a chance para alfinetar: “Viúvo de Carmem Miranda esqueceu-a ... e casou-se de novo!”

A edição de número 435 da Revista do Rádio, publicada em 11 de Janeiro de 1958, trouxe à tona mais uma polêmica envolvendo o nome de David Sebastian, viúvo de Carmem Miranda. Ao melhor estilo “bem que a Revista do Rádio previa”, a publicação reportou que, mesmo depois de ter feito votos de viuvez perpétua, ele teria a esquecido muito rapidamente e se casado novamente com Carmem Cardillo, uma ex-amiga de Carmem Miranda também possuidora de um patrimônio de alguns milhões de dólares.

A Revista do Rádio já teria colocado o caráter de David à prova em edições anteriores quando havia divulgado, logo após a morte de Carmem Miranda, que o mesmo havia trazido para o Brasil alguns poucos pertences da artista para figurar em seu museu. Como se não bastasse, a publicação citou as vendas de relíquias de Carmem pelo seu próprio esposo. Na ocasião, o assunto teria desagradado aos familiares da artista que, segundo a revista, sempre teriam duvidado dos sentimentos de David por Carmem Miranda.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

ENQUETE ENCERRADA: QUAL O VERDADEIRO NOME DA CANTORA MARLENE?

Nossos visitantes acertaram, o verdeiro nome da cantora Marlene é Victória Bonaiutti De Martino. O nome Marlene foi escolhido em homenagem a atriz alemã Marlene Dietrich e foi uma estratégia da então estreante cantora, em 1940, para ingressar no mundo artístico sem ter sua verdadeira identidade revelada. Assim, escondida de sua família, que por razões religiosas e sociais vigente na época desaprovava sua carreira, Marlene começou a cantar na Rádio Tupi de São Paulo.

Em 1943, Marlene já estava no Rio de Janeiro, cantando no Cassino Icaraí em Niterói. Depois do fechamento dos cassinos em 1946, a cantora passou por diversos palcos, entre eles a Boate Casablanca, o Copacabana Palace e as Rádios Mayrink Veiga e Globo. Porém, a consagração de Marlene veio a partir de sua aparição no Programa César de Alencar, um dos maiores programas do rádio brasileiro, levado ao ar pela Rádio Nacional
(na foto abaixo, Emilinha Borba e Marlene dividem o palco da Rádio com César de Alencar).


No início, nos anos de 1947 e 1948, como nunca escondeu o próprio César de Alencar, Marlene foi a maneira encontrada pelo apresentador para cobrir as frequentes ausências da cantora Emilinha Borba nas tardes de sábado. Segundo César de Alencar, em sua biografia escrita pelo jornalista Jonas Vieira, Marlene tinha a mesma empatia com o público e reunia todos os requisitos para se tornar uma estrela, portanto apenas ela era capaz de substituir à altura Emilinha.

Marlene ainda lembra a roupa que usava em sua primeira aparição no Programa que a consagrou: "Lembro que estava vestida com uma saia marrom, uma blusa verde muito bonita e uma boina", conta ao jornalista Jonas Vieira.

Em três meses cantando no Programa César de Alencar - segundo o apresentador, sem receber cachê algum - aquela que "cantava e dançava diferente" conquistou prestígio e seu próprio público, deixando de ser a substituta de Emilinha para se tornar uma glória nacional.



O grito de "É a maior":
Por onde quer que passe, a cantora Marlene é ovacionada pelos fãs com o grito de "É a maior", inventado e gritado pela primeira vez por Regina Silva, uma grande passista brasileira integrantes de diversos conjuntos, entre os quais o Conjunto Brasiliana. Ela emitiu o grito que se tornaria o símbolo da cantora, na ocasião da viagem de Marlene à Europa para se apresentar no teatro Olympia, em 1958, no dia de sua despedida. Segundo a cantora, todos ficaram paralisados, nunca se havia escutado um grito como aquele.


Marlene, por Cravo Albin:






Fonte: VIEIRA, Jonas
. César de Alencar
: a voz que abalou o rádio. Editora Valda
, 1993.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A REVISTA DO RÁDIO NO JORNAL DA FACHA, por Jannaina Costa

Fuxicando os arquivos do Jornal da FACHA, descobrimos uma matéria de 2006 intitulada "Igualzinho ao que a gente vê hoje na tv" sobre o lançamento do livro "A Rádio Nacional", de Cláudia Pinheiro. Na matéria, Christiane Longa e Fernanda Magalhães relembram momentos importantes da história do Rádio Brasileiro e, claro, a Revista do Rádio, com destaque para o livro de Rodrigo Faour "Revista do Rádio: cultura, fuxico e moral nos anos dourados":
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Para conferir a matéria completa, entre no site:

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

E POR FALAR EM MARLENE... PARTE 2


Aproveitando este gancho, vale lembrar algumas das capas estreladas pela Marlene. Que tal nove capas?

E POR FALAR EM MARLENE...


A maior Rainha do Rádio, segundo a nossa enquete on-line, ganhou destaque na Revista O Globo do dia 15 de novembro. Aproveitando os exatos 60 anos do título de Rainha do Rádio conquistado por Marlene, a matéria trouxe um pouco das lembranças da cantora, que contou algumas histórias sobre a Era de ouro do rádio, relembrando os bons tempos. Sempre irreverente, Marlene falou um pouco sobre as cantoras atuais “Boa mesmo é a Mart’nália”.
Entretanto, assim como é impossível falar da Revista do Rádio sem falar da Marlene, é impossível falar da Marlene sem citar a Revista do Rádio. Esta recíproca é realmente verdadeira, pois esta reportagem utilizou a capa da Revista do Rádio do ano de 1959, do arquivo de Cezar Sepúlveda, para falar do sucesso alcançado pela cantora.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

RESULTADO DA ENQUETE: QUEM FOI A MAIOR ENTRE AS RAINHAS DO RÁDIO?, por Jannaina Costa


Encerramos no dia 15.11 a enquete sobre a questão mais polêmica envolvendo as cantoras da Era do Rádio: Quem foi a maior entre as Rainhas do Rádio? Ângela Maria, Emilinha ou Marlene? Durante 45 dias nossos visitantes votaram e, com 41% dos votos, elegeram MARLENE a maior dentre as três. Fãs de Emilinha e Ângela Maria não precisam ficar chateados, a disputa foi acirrada e a equipe do Blog vai preparar uma matéria especial sobre cada uma das três eternas rainhas.

A PERGUNTA QUE NÃO PODIA SER RESPONDIDA:

A polêmica sobre quem era a maior da Rainhas do Rádio era clássica na Revista do Rádio. Na edição 400, chegou-se a apresentar um estudo grafológico das assinaturas das três cantoras para traçar o perfil psicológico de cada uma e, claro, tentar responder à pergunta chave: qual a melhor entre as três? Claro que tanto o estudioso quanto o repórter se furtaram a responder, mas fizeram algumas observações elogiosas comparando as cantoras:


"(...) A morena Ângela é das três a que tem maior volume de voz, escala mais alta, maiores recursos vocais. A trepidante Marlene é (todos sabem) artista de microfone e de palco, dono da inúmeros recursos como atriz. É mesmo mais atriz que cantora indiscutivelmente. E quanto a querida Emilinha Borba, ninguém pode negar que é dona de maior simpatia, muita simpatia pessoal, um poder enorme de conversão a si, espécie de magnetismo todo natural, cantando, falando, gesticulando. Tem frases suas, maneiras tôdas pessoais de se expressar."


E então o repórter Dom Elmo, obviamente "tirando o corpo fora", concluiu que a melhor das três seria aquela que o leitor preferisse, já que eram três grandes nomes e mulheres totalmente diferentes. E a Revista do Rádio seguiu alimentando a polêmica que, evidentemente, ajudava a vender muitos exemplares da publicação.


Confira abaixo a matéria "QUAL A MELHOR DAS TRÊS" (RR 400, de 11/05/1957):




quinta-feira, 12 de novembro de 2009

ENTREVISTA NA RÁDIO ROQUETE PINTO

Ontem, 11/11, tivemos mais um espaço para divulgação do nosso Blog. Desta vez, tive a oportunidade de ser entrevistada por André Luiz Ferreira, durante o programa Primeira Página da Radio Roquete Pinto (94,1 FM), quando pude falar de como surgiu a ideia de pesquisar a Revista do Rádio e da importância que a publicação teve não apenas para o rádio e para a comunicação, mas também como documento da formação da classe artística e das transformações da própria sociedade brasileira:




Um abraço da equipe do Blog a todos da Rádio, em especial ao Alpa Luiz que entrou em contato conosco interessado no nosso trabalho. Obrigada pelo espaço e incentivo!

REVISTA VIRTUAL "IDADE MAIOR" DIVULGA BLOG DA REVISTA DO RÁDIO


Disponível em: http://www.idademaior.com.br/vida-memoria-2-outubro-2009.html

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A Super Rádio Tupi na Revista do Rádio por Nathalia Freitas


A Super Rádio Tupi, umas das rádios mais respeitadas do Brasil também teve seu espaço na Revista. E a foto acima mostra uma pequena homenagem que a TUPI fez para a Revista do Rádio, mostrando algumas de suas capas e páginas. A imagem em questão encontra-se na entrada principal da Rádio.

DAISY LÚCIDI NAS PÁGINAS DA REVISTA DO RÁDIO, por Jannaina Costa

Em depoimento ao Blog no último dia 28 (confira no post de 02.11), Daisy Lúcidi falou sobre a importância da Revista do Rádio para os artistas da Era de ouro do Rádio Brasileiro. A atriz e radialista confessou o quanto gostava de figurar nas páginas da publicação, quer na capa ou mesmo em uma de suas seções. Realmente sua vida era um dos temas preferidos da Revista, em especial seu casamento com o também radialista Luiz Mendes várias vezes retratado, como na edição 16, na série "Casais do Rádio":

"Casando-se com Luiz Mendes a 8 de dezembro de 1947, Daisy é uma dona de casa exemplar. Gosta de cozinhar, repartindo os encargos culinários com sua mãe, D.Clarinda - "uma excelente sogra", confessa o Luiz. Vivendo em harmonia com seu esposo, Daisy ainda é sua namorada. Basta dizer que, até hoje, guarda avaramente o seu belo vestido de noiva, trajando-o, de quando em quando, para recordar aqueles tempos de beijos furtivos e carícias que até hoje falam a sua linguagem envolvente. E, dentro em pouco, para completar a felicidade do casal, estarão morando em casa própria, adquirida à custa de economias" (RR, 16, junho/1949).


Mas não apenas de seus amores reais "vivia" a Revista do Rádio. A publicação também dedicava espaço aos relacionamentos ficcionais da atriz, como na matéria "O casal que mais ama no rádio: Daisy Lúcidi e Roberto Faissal" (RR, 514, julho/1959), que destacava o recorrente encontro dos atores em cenas românticas nas novelas da Rádio Nacional:




Daisy Lúcidi continua casada com o radialista Luiz Mendes com quem completou 6 décadas de união.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

BLOG É DESTAQUE MAIS UMA VEZ NA RÁDIO BANDEIRANTES

Ontem, 08.11, o Blog da Revista do Rádio ganhou novamente menção no programa da Rádio Bandeirantes AM "Saudade, teu nome é musica". Dessa vez, Zair Cançado leu a carta enviada ao programa detalhando nossa proposta e, em seguida, falou de uma matéria na Revista do Rádio que tinha em mãos na qual o editor Anselmo Domingos ressaltava a importância do trabalho do próprio Zair naquela época na Rádio Nacional em Brasília. Confira o áudio:





Conheça mais sobre Zair Cançado no post de 19.10.09.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

"EMILINHA RESPONDE", por Jannaina Costa

Como bem lembrou o radialista Osmar Frazão na entrevista concedida ao Blog - post de 04.11 - Emilinha Borba era o carro-chefe não apenas de programas de auditório, mas também da Revista do Rádio, na qual chegou a ter 4 colunas: "Diário da Emilinha", "Álbum da Emilinha", "Coluna da Emilinha" e "Emilinha responde". Nessa última, a cantora respondia às perguntas curiosas de fãs sobre sua vida pessoal e carreira. Conseguimos recuperar algumas imagens dessa coluna que você confere a seguir:




Para enviar uma pergunta para Emilinha, bastava preencher o cupom que vinha na Revista e enviar para a redação da Revista:




E fica a dúvida: era a própria Emilinha Borba que respondia aos leitores? Se a cantora ainda estivesse viva poderíamos lhe enviar o cupom com essa dúvida.

Fonte: http://thetarnishedangels.blogspot.com

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

OSMAR FRAZÃO RELEMBRA A REVISTA DO RÁDIO E AS PERSONAGENS QUE FIZERAM HISTÓRIA NO RÁDIO BRASILEIRO

Por Jannaina Costa e Mauro Barros

Conforme prometido, publicamos hoje a entrevista que realizamos com Osmar Frazão no último dia 28 nos estúdios da Rádio Nacional. Osmar é um comunicador completo:
historiador, jornalista, ator, homem de rádio e da TV, escritor, amante da música brasileira. Também é pesquisador da música brasileira há 60 anos e seu conhecimento vasto sobre o tema lhe rendeu o título de "enciclopédia da música popular brasileira" atribuído pelo apresentador Flávio Cavalcanti. Nesta entrevista, Osmar Frazão conta detalhes e curiosidades sobre a Revista do Rádio e sobre personagens importantes da Era de Ouro do Rádio Brasileiro sob a ótica de quem viveu aquela época e ainda hoje continua fazendo história no Rádio. Osmar comanda o programa semanal Histórias do Frazão na Rádio Nacional do Rio de Janeiro (1.130 Am), todo domingo de 9h às 11h, em que compartilha seus conhecimentos com ouvintes não apenas de todo o país, mas do mundo, através da transmissão disponível na internet no site www.ebc.com.br.

Confira os melhores momentos da entrevista:



terça-feira, 3 de novembro de 2009

Editor da Revista do Rádio também criou uma publicação esportiva no embalo da conquista do título da copa do mundo

Se Anselmo Domingos demonstrou ser um apreciador da Era do Rádio, da mesma forma revelou sua paixão pelo esporte. O grande desempenho da seleção brasileira na copa da Suécia estimulou Domingos a criar, em 1959, uma publicação que seguisse a mesma linha de sua bem sucedida Revista do Rádio.

A Revista do Esporte era uma nova publicação que trazia algumas semelhanças quanto à linha editorial utilizada pela sua antecessora. Entre elas, por exemplo, a adaptação do sucesso “Mexericos da Candinha” que ganhou o nome de “Candinha no Esporte”. Entre as seções habituais oferecidas por ela, figuravam as do “Apito Final”, “Flagrantes” e “Uma Volta pelo Mundo”.

A revista que circulou até o início dos anos 1970 demonstrou, sua preferência em focar as personalidades de maior evidência no campeonato brasileiro de futebol. Seus leitores, além de encontrarem informações técnicas sobre a condição dos estádios e a ficha completa da escalação dos times, também podiam ler sobre a vida pessoal dos jogadores fora de campo.

No ano de 1966, por exemplo, a edição de n° 403, publicou, na capa, a foto do jogador Jairzinho vestindo a camisa do Botafogo. A manchete “Confissões de Jairzinho” dava o tom de informalidade e irreverência também característico da Revista do Rádio.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

"A GENTE LAMENTA QUE HOJE NÃO HÁ NENHUMA REVISTA FALANDO DO RÁDIO"

Daysi Lúcidi lembra com saudades da Revista do Rádio, por Jannaina Costa e Mauro Barros


O Blog da Revista do Rádio voltou à Rádio Nacional, na última quarta-feira (28/10), para conversar com mais dois personagens importantes da história do Rádio Brasileiro: Daysi Lúcidi e Osmar Frazão. No primeiro momento da visita, tivemos a oportunidade de assistir à gravação do programa “Alô Daysi”, comandado por Daysi Lúcidi desde 1971, considerado o primeiro programa de prestação de serviço do rádio brasileiro. Em seguida, conversamos com a atriz e radialista – ou “mulher da arte”, como ela prefere ser chamada – cuja vida foi retratada inúmeras vezes nas páginas da Revista do Rádio. Daysi falou do valor da Revista para os artistas a época, do privilégio de figurar em suas páginas e de como sente falta de uma publicação que retrate o mundo radiofônico. Confira seu depoimento:





Ainda nesta semana, publicaremos o depoimento de Osmar Frazão. Fique de olho!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

DIVULGAÇÃO DO BLOG NO "JORNALISTAS & CIA"

Jornalistas&Cia, importante informativo semanal sobre o mercado profissional do jornalismo e da comunicação empresarial, distribuído por meio eletrônico, divulgou em sua edição de hoje - 28.10 - o Blog da Revista do Rádio e os demais Blogs da Facha orientados pelo professor PC Guimarães. Confira:


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

BLOG NA VEJA RIO

O Blog da Revista do Rádio ganhou matéria na Coluna Histórias Cariocas, de Rogério Durst, da revista Veja Rio desta semana. Confira a matéria:



http://vejabrasil.abril.com.br/rio-de-janeiro/editorial/m1499/historias-cariocas

BLOG FOI DESTAQUE NO "O GLOBO"

Deu na coluna de Joaquim Ferreira dos Santos de sábado, no O Globo :

sábado, 24 de outubro de 2009

GERDAL DOS SANTOS FALA AO BLOG DA REVISTA DO RÁDIO (PARTE I)

Em depoimento exclusivo para o Blog, no Estúdio da Rádio Nacional RJ, o radialista Gerdal dos Santos fala sobre seu início de carreira e sobre a importância da Revista do Rádio do ponto de vista de quem testemunhou os mais de vinte anos da publicação e de cujas páginas foi personagem frequente. Confira:



As artes de Francisco Carlos


Francisco Carlos começou cedo a carreira no mundo artístico, sendo descoberto por Humberto Teixeira, enquanto matava aula, no programa de calouros da Rádio Mayrink Veiga. A arte estava mesmo nas suas veias, pois se formou em pintura pela Escola Nacional de Belas Artes, e atuou em diversos filmes durante sua carreira de cantor, pintor e ator.

Gravou seu primeiro disco no ano de 1950, ganhando notoriedade e a capa da revista do Rádio (foto acima). Entre os sucessos estavam a marcha carnavalesca “Meu Brotinho”, de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga e o samba “Me deixa em paz” dos mesmos autores. Ainda no ano de 1950, Francisco Alves participou de dois filmes: Não é nada disso e Aviso aos navegantes, ao lado das musas Adelaide Chiozzo e Eliana Macedo.

Francisco Carlos foi contratado pela Rádio Nacional e foi eleito o melhor cantor do ano de 1953, superando Francisco Alves na votação dos ouvintes. O Cantor Enamorado do Brasil foi considerado o Rei do Rádio em 1958 recebendo o apelido de El Broto, uma referência ao seu primeiro sucesso “Meu brotinho”.

No ano de 1970, Francisco Carlos abandonou a carreira musical para dedicar-se à pintura. Saindo das páginas das revistas e deixando de lado a rivalidade com Cauby Peixoto, que iniciou no final da década de 1950.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O time responsável pela pesquisa


















Na foto acima está o time responsável pela pesquisa que vem resgatando a história da Revista do Rádio. O pai da ideia é o professor PC, o garotão grisalho agachado. Ele propôs o desafio, que logo foi aceito pela turma de Secretaria Gráfica da Facha Méier.
Da esquerda para direita, Camila Esteves, Nilton Belinho, Nathália Freitas, Jannaina Costa, Marcella Rodrigues, Mauro Barros, PC Guimarães, Rodrigo Shampoo, Renan Muniz.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

BLOG DA REVISTA DO RÁDIO NA BAND AM

Após a nossa participação na Rádio Nacional, no último sábado (17/10), fomos procurados pelo jornalista Zair Cançado da Rádio Band AM 1360, que elogiou a nossa iniciativa de resgatar a história do Rádio através da Revista do Rádio e prometeu apoiar e divulgar o nosso trabalho. No dia seguinte, fomos saudados por Cançado em seu programa "Saudade, teu nome é música", que vai ao ar todos os domingos das 9:00-10:00h.

Segue um recorte do audio do programa, com a apresentação, a saudação à nossa equipe e o encerramento do programa:





Conheça um pouco mais sobre Zair Cançado:
Radialista, iniciou sua carreira na década de 50, na Rádio Nacional. Foi um dos fundadores da Rádio Nacional de Brasília, em 1960, e do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal. Cançado é um dos principais encorajadores e divulgadores do trabalho das bandas de música no Rio de Janeiro e, inclusive, possui um rico arquivo musical onde são encontrados variados gêneros musicais como polcas, maxixes, valsas, marchas, hinos e clássicos, além de dois dobrados compostos em sua homenagem. De 1999 a 2002 integrou o Conselho Administrativo da Associação Brasileira de Imprensa, a ABI. Atualmente é apresentador da Rádio Bandeirantes AM no Rio de Janeiro.

sábado, 17 de outubro de 2009

Malandro do samba na Revista do Rádio


Jorge Veiga foi um dos grandes astros da Rádio Nacional, o sambista interpretava sambas de breque, sambas de gafieira e músicas de carnaval. Jorge era conhecido pelo balanço malandro e pela sua voz marcante, o cantor possuía um jeito irreverente e bem-humorado de interpretar, o que lhe rendeu o apelido de “Caricatura do Samba”, dado por Paulo Gracindo.


Carioca do Engenho de Dentro e Cachambi cantava músicas de artistas como: Wilson Batista, Milton de Oliveira, Cyro Monteiro, Dorival Caymmi, João da Baiana entre outros. Seu primeiro sucesso foi “Iracema”, de Raul Marques e Otolindo Lopes, no carnaval de 1944, quando despontou para a música.


Em 1951, gravou com o acompanhamento da Orquestra Tabajara, os sambas “Tem mulher no samba”, de Raimundo Olavo e Caboclo e “A vaca Vitória”, de Wilson Batista e Jorge Murad. No mesmo ano, fugiu ao seu perfil de sambista e gravou o maracatu “Pitiguari”, de José Leocádio e José Pacheco e o baião, gênero da moda na época, “Balança na rede”, de Fernando Lobo e Paulo Soledade. Na Rádio Nacional, ficou famoso pelo bordão criado por Floriano Faissal, com o qual iniciava seus programas: “Alô, alô, senhores aviadores que cruzam os céus do Brasil, aqui fala Jorge Veiga, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro”.


Foram ao todo oito discos gravados na sua carreira: Café Soçaite (1956), Caricaturista do Samba (1958), Alô, Alô, Canta Jorge Veiga (1959), A Volta do Sambista (1961), De Leve (1971), Noel Rosa x Wilson Batista (1974), O Melhor de Jorge Veiga (1975) e O Eterno Jorge Veiga (1979). O LP “De Leve” foi gravado com Cyro Monteiro e o LP “Noel Rosa x Wilson Batista”, foi gravado com Roberto Paiva. Vale lembrar que Noel Rosa e Wilson Batista protagonizaram uma das maiores rivalidades na história da música brasileira, e ganharam esta homenagem póstuma de um dos maiores ícones do samba.

VISITA À RÁDIO NACIONAL, por Jannaina Costa e Mauro Barros


O Blog da Revista do Rádio visitou hoje a Rádio Nacional. Em breve você confere aqui uma entrevista com Gerdal dos Santos, trechos do programa "Onde canta o sabiá" - apresentado e produzido pelo próprio Gerdal -, fotos da Rádio e muito mais. Por enquanto, como aperitivo, fique com o áudio da nossa modesta participação.



Blog entrevista Gerdau dos Santos

Eu, Mauro Barros, e Jannaina Costa, dois dos autores do blog, estivemos na manhã deste sábado na Rádio Nacional (Khz 1130 AM), para entrevistar o grande Gerdal dos Santos, um dos maiores nomes da história do rádio no Brasil, que por diversas vezes esteve presente nas páginas da Revista do Rádio. Gerdal, que apresenta o programa Onde Canta o Sabiá todo sábado, das 8:00 às 11:00 H, lembrou de histórias das era do rádio e falou com muito carinho da saudosa publicação, nos revelou também alguns projetos da Rádio que tem feito um importante resgate da história do rádio em nosso país. Tudo será publicado ao longo desta semana aqui no Blog.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

"CHACRINHA MUSICAL". SIM, O VELHO GUERREIRO FOI COLUNISTA DA REVISTA DO RÁDIO, por Jannaina Costa



Abelardo Barbosa, o Chacrinha, é reconhecido atualmente pelos famosos programas de calouros que apresentou nas décadas de 50 a 70 - Discoteca do Chacrinha, a Buzina do Chacrinha e o Cassino do Chacrinha. Mas o que pouca gente sabe é que o autor de frases inesquecíveis como "Quem não se comunica, se trumbica" e "Terezinha, uuuuuhhh!" assinava uma coluna na Revista do Rádio chamada "Chacrinha Musical" na qual apresentava os 10 sucessos da semana. Além desse "top 10", Chacrinha também atuava como crítico musical, com recomendações para a discoteca pessoal do leitor e dando notícias sobre lançamentos e eventos musicais. Também havia o "quadro de honra" onde o colunista homenageava alguma personagem do meio em destaque.

A seguir vemos uma dessas colunas na edição 108 da revista:




Fonte da imagem: http://www.eradoradio.com.br/revistas/RR108_19511002_p08_chacrinha.jpg

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A REVISTA DO RÁDIO "DÁ (MAIS) PANO PRA MANGA", por Jannaina Costa


ARTIGO PUBLICADO EM CONGRESSO DE COMUNICAÇÃO ANALISA OS EDITORIAIS DA "REVISTA DO RÁDIO".


Dóris Fagunde Haussen e Camila Stefenon Bacchi (PUC-RS), em trabalho publicado no XXIV Congresso Brasileiro de Comunicação - INTERCOM (2001), analisam os editoriais da Revista do Rádio nos anos 50, comparando-os com seu conteúdo para verificar a coerência entre a proposta da direção da revista e o conteúdo efetivamente publicado e, também, a inserção da pulicação na então emergente indústria cultural brasileira.

O trabalho completo pode ser conferido em:

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

MEXERICO DO DIA: O QUE O ATOR ANDERSON MÜLLER TEM A VER COM A MARLENE?, por Jannaina Costa

No lançamento do DVD da Marlene, no mês passado, flagramos o ator Anderson Müller dando uma de tiete. No início da programação, ele subiu ao palco e falou da importância da cantora bem como dos cantores da Era do Rádio para a música brasileira. Até então, parecia apenas um fã famoso de Marlene, mas na verdade Anderson comprou os direitos para produzir, em 2010, o musical "Marlene e Emilinha" no qual também atuará. O texto será de Tereza Falcão, e a direção, de Antonio de Bonis.
O ator procura duas atrizes para viver as Rainhas do Rádio. O papel que interpretará o ator ainda não foi revelado. Será Cauby? César de Alencar?