Na década de 1990, aos 49 anos, a professora universitária Ana Ignez de Oliveira, utilizou uma coleção de publicações da "Revista do Rádio" para fundamentar sua tese pelo curso de Doutoramento em Antropologia Social da Universidade de Londres. O trabalho demonstrava a preocupação da professora em entender o papel da mulher na sociedade brasileira dos anos 1950.
Ao consultar o acervo da “Revista do Rádio”, que Anselmo Domingues editava semanalmente entre 1948 e 1957, a professora percebeu que havia uma seção denominada “A Casa dos Artistas” que permitia uma amostragem do que seria a casa de uma mulher da classe média, aspirando a ascensão social, e que se identificava com os artistas dos programas de rádio, dos discos 78 rpm ou dos filmes nacionais da Atlântida e Cinédia.
Ela constatou que, em sua grande maioria, as casas dos artistas eram localizadas em subúrbios do Rio de Janeiro ou em edifícios modestos, e que se podia perceber, inclusive, uma regularidade nos estilos dos móveis escolhidos. Segundo a professora, artistas populares, como era o caso de Emilinha Borba, Marlene, Francisco Alves, Angela Maria, Orlando Silva, não só mostravam os ambientes das salas e quartos, mas faziam questão de destacar a marca dos aparelhos eletrodomésticos, fossem eles uma televisão Zenith de 21 ou uma geladeira de 10 pés Westinhouse, que acabavam por sinalizar o status social da época.
A tese de dourado intitulada “O universo doméstico e o imaginário social feminino da mulher da década de 1950” está retratada no capítulo “Abelinhas numa diligente colméia” da Obra “Rebeldia e Submissão” organizada por Albertina de Oliveira Costa e Cristina Bruschini que pode ser consultada em parte pelo endereço http://www.fcc.org.br/biblioteca/arquivos/Rebeldia.pdf
Ao consultar o acervo da “Revista do Rádio”, que Anselmo Domingues editava semanalmente entre 1948 e 1957, a professora percebeu que havia uma seção denominada “A Casa dos Artistas” que permitia uma amostragem do que seria a casa de uma mulher da classe média, aspirando a ascensão social, e que se identificava com os artistas dos programas de rádio, dos discos 78 rpm ou dos filmes nacionais da Atlântida e Cinédia.
Ela constatou que, em sua grande maioria, as casas dos artistas eram localizadas em subúrbios do Rio de Janeiro ou em edifícios modestos, e que se podia perceber, inclusive, uma regularidade nos estilos dos móveis escolhidos. Segundo a professora, artistas populares, como era o caso de Emilinha Borba, Marlene, Francisco Alves, Angela Maria, Orlando Silva, não só mostravam os ambientes das salas e quartos, mas faziam questão de destacar a marca dos aparelhos eletrodomésticos, fossem eles uma televisão Zenith de 21 ou uma geladeira de 10 pés Westinhouse, que acabavam por sinalizar o status social da época.
A tese de dourado intitulada “O universo doméstico e o imaginário social feminino da mulher da década de 1950” está retratada no capítulo “Abelinhas numa diligente colméia” da Obra “Rebeldia e Submissão” organizada por Albertina de Oliveira Costa e Cristina Bruschini que pode ser consultada em parte pelo endereço http://www.fcc.org.br/biblioteca/arquivos/Rebeldia.pdf
Beleza Nilton. Ótimo post.
ResponderExcluirOi... eu tenho a marchinha que retrata a Revista do Rádio e da Rádio Nacional(KHz 1130 am):
ResponderExcluir"Ela é fan da Emilinha... e não sai do César de Alencar"...
QQuer coisa, é só me falar...
Bjos e abraços,
Isabela Guedes.
http://blogdoradiocarioca.blogspot.com
e-mail:mariaisabelaguedes@gmail.com