Para o grande público de rádio da década de 1950, ao contrário do que muita gente poderia imaginar, o nome Calypso, antes de remeter a banda da vocalista Joelma e seu parceiro Chimbinha, já fazia referência ao americano Harry Belafonte, um dos maiores nomes do “showbusiness” internacional daquela época. Nesta ocasião, a Revista do Rádio demonstrou ousadia ao conseguir uma entrevista exclusiva com Belafonte, pelo fato do mesmo vir ocupando, por algum tempo, todas as paradas de sucesso no Brasil.A equipe de reportagem descobriu que Belafonte, o então Rei do Calypso, havia operado a vista para corrigir um defeito que apresentava desde criança. Na entrevista, ele atribuiu seu enorme sucesso à herança deixada pela música de povos simples das Antilhas que teriam sido adaptadas para que fossem compreendidas e admiradas por todos.
Belafonte agradeceu pelo carinho dispensado pelos fãs brasileiros e manifestou sua vontade de visitar o Brasil, revelando, inclusive, uma proposta de Mr. Oscar Orenstein, do Copacabana Palace para realizar uma temporada no Rio. Ele ainda elogiou o fato da Revista do Rádio existir, no Brasil, como um órgão especializado em assuntos de Rádio, contando com uma tiragem significativa e apresentando um público cativo pelos serviços prestados. Na fase final da entrevista, o Rei do Calypso ainda fez a solicitação de um exemplar contendo sua participação como entrevistado para guardar com carinho em sua coleção particular.
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