
Este blog visa a resgatar a memória da Revista do Rádio, publicação que marcou época no período de nossa história conhecido como "A Era do Rádio". A idealização do blog bem como sua atividade no ano de 2009 foi um trabalho da turma de Secretaria Gráfica e Programação Visual da Facha Méier 2009/2 noite. Atualmente é administrado pelos estudantes de jornalismo Jannaina Costa e Mauro Barros, com contribuições do prof e também jornalista PC Guimarães.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
CAPAS DE NATAL DA REVISTA DO RÁDIO

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
O PRECINHO POPULAR DA REVISTA DO RÁDIO, por Jannaina Costa
A Revista do Rádio foi planejada para ser popular, desde o tipo de papel com que era confeccionada à abordagem das matérias. E nada como garantir um precinho baixo para arrebatar fiéis leitores. A revista mais popular dos Anos de Ouro do Rádio Brasileiro entrou no mercado - em 1948 - custando apenas 3 Cruzeiros. Para se ter uma noção do que se comprava com esse valor na época, bem no estilo Revista do Rádio, sabe-se que era o mesmo valor de um porta documentos de plástico vendido no camelô de Sílvio Santos.
Segundo o consultor financeiro Paulo Veiga, da Mercatto Investimentos, reajustando o valor da publicação a partir do IPC (Índice de preços ao consumidor) de 1948 para nossa moeda atual, a Revista do Rádio custaria cerca de R$ 2,50, preço bastante semelhante às atuais revistas populares no mesmo gênero, como Tititi e Conta Mais.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Revista do Rádio consegue exclusiva com o Rei do Calypso Harry Belafonte e é elogiada por sua iniciativa em se especializar em assuntos de rádio

A equipe de reportagem descobriu que Belafonte, o então Rei do Calypso, havia operado a vista para corrigir um defeito que apresentava desde criança. Na entrevista, ele atribuiu seu enorme sucesso à herança deixada pela música de povos simples das Antilhas que teriam sido adaptadas para que fossem compreendidas e admiradas por todos.
Belafonte agradeceu pelo carinho dispensado pelos fãs brasileiros e manifestou sua vontade de visitar o Brasil, revelando, inclusive, uma proposta de Mr. Oscar Orenstein, do Copacabana Palace para realizar uma temporada no Rio. Ele ainda elogiou o fato da Revista do Rádio existir, no Brasil, como um órgão especializado em assuntos de Rádio, contando com uma tiragem significativa e apresentando um público cativo pelos serviços prestados. Na fase final da entrevista, o Rei do Calypso ainda fez a solicitação de um exemplar contendo sua participação como entrevistado para guardar com carinho em sua coleção particular.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
UMA REVISTA À FRENTE DO SEU TEMPO: MATÉRIAS SOBRE TEMAS TABUS ERAM FREQUENTES NA REVISTA DO RÁDIO
Se o próprio tema já era polêmico, imaginem a repercussão que não teve a matéria intitulada "A cantora bateu no marido" (RR 440, 11/05/1957) , quando a Revista do Rádio levou à tona os detalhes de um dos divórcios mais famosos dos anos 50, do casal Ima Sumac - cantora peruana considerada a de maior popularidade em todo o mundo - e o maestro Moisés Vivanco.
Na matéria, a Revista conta que, depois de surpreender o marido com outra mulher- nada mais nada menos, que sua própria secretária, amiga e confidente - e de ser ameaçada de ter o filho levado para outro país pelo marido, Iva deu uma surra nele, ajudada pelos detetives particulares que havia contratado, cujos gritos acordaram um quarteirão inteiro de Hollywood. Segundo declarou a cantora, ela dera um exemplo do amor peruano.
Confira a matéria completa, que documenta um período de início da emancipação das mulheres em busca de seus direitos e da garantia de sua dignidade:

Conheça um pouco mais de Ima Sumac:
Ima Sumac era o nome artístico de Zoila Augusta Emperatriz Chavarri del Castillo, e significa "que linda flor" numa transliteração da língua quechua.
Ela foi uma das cantoras líricas mais bem notificadas e admiradas de todos os tempos. Com sua voz, era capaz de emitir notas agudíssimas que soavam como o canto dos pássaros e graves que iam abaixo das notas para um baixo.
Iva era peruana mas, como Carmen Miranda, alcançou o sucesso nos EUA, a ponto de seu nome figurar na desejada Calçada da Fama. Entretanto, a cantora não desprezava suas raízes andinas, dizendo ser descendente do imperador inca Atahualpa.
Ima morreu há um ano, em 04 de novembro de 2008, com 86 anos. Pouco antes, disse que queria ser lembrada como alguém que fez boa música e trouxe alegria ao público.
Veja um vídeo onde Ima canta a música folclórica peruana "Tumpa" (1954):
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Em mais uma polêmica edição, a Revista do Rádio não perdeu a chance para alfinetar: “Viúvo de Carmem Miranda esqueceu-a ... e casou-se de novo!”

A Revista do Rádio já teria colocado o caráter de David à prova em edições anteriores quando havia divulgado, logo após a morte de Carmem Miranda, que o mesmo havia trazido para o Brasil alguns poucos pertences da artista para figurar em seu museu. Como se não bastasse, a publicação citou as vendas de relíquias de Carmem pelo seu próprio esposo. Na ocasião, o assunto teria desagradado aos familiares da artista que, segundo a revista, sempre teriam duvidado dos sentimentos de David por Carmem Miranda.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
ENQUETE ENCERRADA: QUAL O VERDADEIRO NOME DA CANTORA MARLENE?
Em 1943, Marlene já estava no Rio de Janeiro, cantando no Cassino Icaraí em Niterói. Depois do fechamento dos cassinos em 1946, a cantora passou por diversos palcos, entre eles a Boate Casablanca, o Copacabana Palace e as Rádios Mayrink Veiga e Globo. Porém, a consagração de Marlene veio a partir de sua aparição no Programa César de Alencar, um dos maiores programas do rádio brasileiro, levado ao ar pela Rádio Nacional (na foto abaixo, Emilinha Borba e Marlene dividem o palco da Rádio com César de Alencar).

No início, nos anos de 1947 e 1948, como nunca escondeu o próprio César de Alencar, Marlene foi a maneira encontrada pelo apresentador para cobrir as frequentes ausências da cantora Emilinha Borba nas tardes de sábado. Segundo César de Alencar, em sua biografia escrita pelo jornalista Jonas Vieira, Marlene tinha a mesma empatia com o público e reunia todos os requisitos para se tornar uma estrela, portanto apenas ela era capaz de substituir à altura Emilinha.
Marlene ainda lembra a roupa que usava em sua primeira aparição no Programa que a consagrou: "Lembro que estava vestida com uma saia marrom, uma blusa verde muito bonita e uma boina", conta ao jornalista Jonas Vieira.
Em três meses cantando no Programa César de Alencar - segundo o apresentador, sem receber cachê algum - aquela que "cantava e dançava diferente" conquistou prestígio e seu próprio público, deixando de ser a substituta de Emilinha para se tornar uma glória nacional.

O grito de "É a maior":
Por onde quer que passe, a cantora Marlene é ovacionada pelos fãs com o grito de "É a maior", inventado e gritado pela primeira vez por Regina Silva, uma grande passista brasileira integrantes de diversos conjuntos, entre os quais o Conjunto Brasiliana. Ela emitiu o grito que se tornaria o símbolo da cantora, na ocasião da viagem de Marlene à Europa para se apresentar no teatro Olympia, em 1958, no dia de sua despedida. Segundo a cantora, todos ficaram paralisados, nunca se havia escutado um grito como aquele.
Marlene, por Cravo Albin:
Fonte: VIEIRA, Jonas. César de Alencar: a voz que abalou o rádio. Editora Valda, 1993.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
A REVISTA DO RÁDIO NO JORNAL DA FACHA, por Jannaina Costa
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
E POR FALAR EM MARLENE...

A maior Rainha do Rádio, segundo a nossa enquete on-line, ganhou destaque na Revista O Globo do dia 15 de novembro. Aproveitando os exatos 60 anos do título de Rainha do Rádio conquistado por Marlene, a matéria trouxe um pouco das lembranças da cantora, que contou algumas histórias sobre a Era de ouro do rádio, relembrando os bons tempos. Sempre irreverente, Marlene falou um pouco sobre as cantoras atuais “Boa mesmo é a Mart’nália”.
Entretanto, assim como é impossível falar da Revista do Rádio sem falar da Marlene, é impossível falar da Marlene sem citar a Revista do Rádio. Esta recíproca é realmente verdadeira, pois esta reportagem utilizou a capa da Revista do Rádio do ano de 1959, do arquivo de Cezar Sepúlveda, para falar do sucesso alcançado pela cantora.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
RESULTADO DA ENQUETE: QUEM FOI A MAIOR ENTRE AS RAINHAS DO RÁDIO?, por Jannaina Costa
A PERGUNTA QUE NÃO PODIA SER RESPONDIDA:
